América Latina na Guerra

Como vivemos em um mundo sistêmico, um movimento em algum lugar gera efeitos no planeta em proporções significativas. Os ventos são mais fortes quando o território é o da economia, pelo fato se ser a arma de poder que define governos e políticas nacionais. Se é o princípio, os acontecimentos políticos na América Latina poderão se irromper com a segunda guerra fria, como resultado das disputas entre Estados Unidos e Rússia.

Na simplicidade dos argumentos, mas importante, a elite nacional ligada ao mercado seria uma espécie de força militar em terreno de disputas sociais, na defesa de modelos econômicos em guerra. Vencer ou perder define o comportamento daquela nação em determinado período.

A guerra na Ucrânia é observada como localizada, mas de fato não é, afinal quais são as propostas dos EUA e Rússia ao entrarem no campo das intrigas verbais, que podem resultar em enfrentamentos no território das armas e mortes?

A razão é muito simples, mais poder. Aumentar domínio territorial, que depende de espaço para domínio econômico e resultado na supremacia sobre o país do outro – os livros de história sobre os impérios relatam com atenção estratégias de guerra, para dominar economia e culturas.

Putin e Jinping ganha visibilidade como agentes políticos nas disputas geopolítica com Estados Unidos e Aliados. A posição dos líderes Russo e Chinês tem feitos no diálogo internacional sobre disputas territoriais que podem resultar em guerra na Ucrânia, . Aleksei Drujinin/Kremin/Sputnik/Folha de S. Paulo

Evidente que que os norte-americanos não estão nesta guerra sozinhos, mas com o apoio dos aliados históricos europeus, cujo nome que os agrega é a Otan, Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Como já avaliamos em outro comentário, os enfrentamentos com a “faca entre os dentes” têm como objetivo sinalizar poder contra inimigos que ameaçam a sua soberania e poder. Rússia e China vêm ganhando território mundo afora, levando questionamento à solidez financeira dos EUA, que se intitulam a grande potência mundial, que de fato mantém sua importância no jogo político global.

Neste sentido, de estratégia pelo poder, se a Ucrânia e os antigos países da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviética (URSS) estão na fronteira territorial e econômica da Rússia, a América Latina está para o quintal do país norte-americano. São efeitos de uma guerra em negociação, em meio a conflitos históricos que se atualizam.

O país de Fidel Castro sempre se posicionou contra os Estados Unidos em diferentes governos, pagando preço muito alto pela inimizade, se intitulando nação socialista, no modelo político e econômico. Os cubanos em tempos de disputas com o capitalismo esteve ao lado do governo Venezuelano de Hugo Chávez que foi sucedido por Nicolás Maduro, o qual enfrenta todos os dias guerras internas e externas, estimuladas estrategicamente pelo arqui-inimigo, os Estados Unidos.

Joe Biden não trouxe nenhuma solução pacífica para os cubanos quanto ao turismo e liberação econômica, com sanções internacionais em vigor, o mesmo ocorre para com os venezuelanos. Dois países que não estão solitários na América Latina com enfrentamentos políticos e ideológicos com governo dos Estados Unidos. Dentre eles, Argentina e Bolívia.

O Perú com Pedro Castilho e Chile com Gabriel Boric, respectivamente recém-eleitos para a presidência, podem acrescentar ao desconforto com o modelo neoliberal do país norte-americano, diante da injustiça social como consequência de políticas externas, manipuladas em conjunto com países do centro econômico.

Os chamados partidos de esquerda latino-americanos sempre tiveram fortes batalhas contra o vizinho poderoso do Norte, que por sua vez interfere na política regional, tratada nos bastidores da Casa Branca como terras sob domínio territorial. Uma situação que desagrada uns e agrada outros.

Pode ser verdade que parte da elite brasileira, por exemplo, convive com muita tranquilidade com esta realidade, e tem como objetivo manter esta relação de submissão aos Estados Unidos, por sobrevivência no topo do prestígio nacional, com renda que diferencia os pequenos grupos da maioria dos brasileiros.

Em essência, como resultado da disputa entre EUA e aliados contra Rússia e China, ainda que prevaleça algum diálogo, a geopolítica mundial poderá sofrer alterações, com grande impacto numa América Latina dependente dos norte-americanos, mas dividida quanto aos resultados para a democracia e igualdade social regional.

Talvez um assunto para ser discutido, ainda em tempo, nas disputas eleitorais deste ano no Brasil.

América Latina em tempo de guerra

nodebate – A Rússia vai mostrando sua garra mundo afora. Os venezuelanos devem observar no céu de seu país a chegada de caças enviado por Vladimir Putin, com a clara proposta de fazer sombras às ameaças dos Estados Unidos à nação latino americano e seus aliados na região.

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Pode se especular a preocupação dos “comunistas do passado”, como dá a entender os neoliberais pós-modernos, com o governo de Bolsonaro, diante de sua retórica para a política regional.

Somente para resumir a visão do ex-capitão é pra lá de simplificada quanto à América Latina. No entanto, traz ameaça ao Mercosul e a governos antípodas aos Estados Unidos.

Pode até ser uma alegria para Maduro e venezuelanos que apoiam o seu governo, contra as cordas em razão das imposições econômicas do governo dos EUA.

No entanto, desenha-se uma triste realidade de crises, que podem se abater na região, sobretudo, ao países do sul, diante da subserviência ao capitalismo trumpista da maior nação regional, a partir de janeiro, com o novo timoneiro, agora, de fato, extrema-direita e liderança de superministro da fazenda, um neoliberal convicto.

Venezuela recebe armas da Rússia

La Radio del Sur

Neste sábado(20), o Presidente e Comandante em Chefe das Forças Armadas Nacional Bolivariana, Nicolas Maduro, inspecionou equipamentos militares adquiridos através de vários acordos com a Rússia. O objetivo “para preservar a paz nas mãos do povo em armas”, diz o governo.

Após o ato de promoções militares e valorização para os chefes das Regiões para a Defesa Integral (REDI), Maduro reuniu-se no Centro de Treinamento de combate das Forças Armadas “Laurentius Chief General José Silva” capacidade operacional do sistema de defesa da unidade. Ele verificou a quantidade e manutenção destes ataques defesa blindado que viajam através dos rios de até cinco metros de profundidade, de acordo com relatório Television Venezuela.

Também analisou o sistema de armas BMP-3M, que é conhecido como “Troyka” – que é um dos mais poderosos veículos de combate de infantaria atualmente em serviço no mundo. A BMP-3M é equipado com um comprimento do cano de 100 milímetros 2-A70, o que lhe permite penetrar alvos blindados ou enriquecidos. Este canhão pode disparar munições, incluindo novos tipos de projéteis de 100 milímetros guiadas por laser.

Durante a visita, o presidente nacional lembrou que o líder supremo da Revolução, Hugo Chávez, sempre insistiu em saber o referido centro e capacidade. “Chávez insistiu sempre que eu conhecesse o campo e, sobretudo, as funções que são realizadas aqui, para formação e educação do espírito para a luta”, disse