Bolsonaro, ‘pessoa do ano’

Como nunca a política brasileira passa pelo incentivo dos Estados Unidos a abertura das portas do Brasil para os interesses internacional, com ampliação do país da América do Norte como agente dominante na América Latina. A premiação da Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos para este ano tem como o homenageado o presidente brasileiro como a “pessoa do ano”.

Resultado de imagem para imagem - bolsonaro o homem do ano
Imagem Elpaís/ Gabriela Korossy – Homenagem a Bolsonaro nos Estados pela Câmara de Comérico entre os dois países gera debate. O político brasileiro vem obtendo apoio internacional para propostas neoliberais anunciadas pelo governo.

Com todas as ressalvas seria uma questão a felicitação passa pela política econômica de uma elite que aprofunda suas relações com o mundo em busca de mais negócios e rentabilidade lucrativa. O social, pode passar ao largo da comilança, com custo de alguns dólares para participar do banquete.

Na análise político do homenagem talvez fosse importante considerar que o presidente brasileiro chegou aos 100 dias de governabilidade com questionamentos em várias partes do mundo, quando o assunto é defesa da natureza, como atenção a proximidade com o agronegócio e exploração de riquezas minerais, e minorias sociais.

No universo econômico, os brasileiros veem o aumento do desemprego, o peso da inflação no bolso das pessoas do andar de baixo, e dúvidas quanto ao futuro de um governo conservador e ao mesmo tempo neoliberal.

Se no Brasil perde popularidade, há dúvida quanto ao perfil de Bolsonaro no mundo, com amizades que se alastram pelo mercado internacional, que quer aproximação da governabilidade e não exatamente da pessoa que querem indicar como sendo destaque do ano. No mundo do negócio internacional neoliberal, pode-se acreditar a falta de coração e alma nas decisões sociais.

No entanto, distante do senhor mercado, nem todos concordam com as propostas e sinalizações do político brasileiro. Perguntado pela mídia sobre a homenagem do presidente brasileiro, o prefeito de Nova York respondeu: “Isso [homenagear Bolsonaro] vai além de uma mera ironia e chega a ser uma contradição chocante. Esse cara é um ser humano muito perigoso”.

“[Bolsonaro] é perigoso não só por causa de suas posições abertamente homofóbicas e racistas, mas porque ele é, infelizmente, a pessoa com a maior capacidade para definir o acontecerá com a Amazônia no futuro, e se a Amazônia for destruída, uma vez que ela parte do nosso ecossistema global, todos nós estaremos em perigo”, disse.